sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Tuning ilegal só em Portugal

"Só em Portugal é que não existe isto", defendeu Florbela Rodrigues, que foi de Barcelos a Lisboa para aderir à manifestação pacífica que pretendeu dar maior visibilidade ao tuning e à falta de regulamentação de que é alvo.
Dona de uma loja dedicada à actividade, salientou que "enquanto não houver legalização, muitos carros também não estão bem preparados", e reforçou que o crescimento da actividade originou já "milhares de postos de trabalho", como o "pintor, chapeiro, mecânico ou estofador". Muitos deles compareceram ao encontro e repetiram em conjunto as palavras de ordem da marcha, entre assobios e a exibição de cartazes.
"Existe uma directriz da União Europeia que é absolutamente inequívoca em relação à personalização e alteração automóvel com regulamentos devidamente tratados que ainda não foram absorvidos em Portugal mas que terão de ser normalizadas, por ordem da União Europeia, até Abril de 2009", afirmou Rui Cañellas, presidente da União Portuguesa de Tuning.
O fundador da entidade, Alexandre Tomás, considera que a situação ainda não está regulamentada por "ineficácia política", o que lamenta pois contribui para que muitos confundam o tuning com o street racing. "Repudiamos e condenamos todas essas práticas ilegais que põem em risco as viaturas e as pessoas", assinalou. Florbela Rodrigues partilha da mesma opinião e esclareceu que "tuning é uma transformação do carro, street racing é uma transformação do motor".
Entre os motivos que levam muitos a apreciar este hobby, Alexandre apontou que "a personalização automóvel acaba por ser uma extensão da nossa maneira de ser". João, que foi à manifestação com os amigos de Setúbal, revelou que o tuning o atrai porque lhe permite "ser diferente dos outros, ser original".

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